Escolhas
Branco ou preto?
Yin ou Yang?
Frio ou calor?
Falar ou calar?
Sou livre para escolher?
Eu não sei...
Você é?
Livre arbítrio ou reações químicas?
Eu não sei...
Você sabe?
Minhas escolhas são elos,
Regidos pelas leis da física?
Se assim for, onde está o homem que pensei ser?
Onde fica minha subjetividade?
Onde está...
O homem-matéria?
O homem-pensamento?
O homem-sentimento?
O homem-verbo?
Sou apenas soma das minhas decisões,
Ou o destino é que embaralha as cartas?
Tudo é dual?
Tudo é escolha?
Ou tudo é fatum?
Eu não sei...
Você sabe?
Dúvidas permeiam meu pensamento...
Estariam as Moiras a tecer minha vida?
Sou senhor das minhas opções?
Minhas escolhas são reflexos
Dos meus delírios,
Da minha subjetividade?
Eu não sei...
Você sabe?
Sei que nos delírios,
Desfaço-me e renasço,
Em signos e significados.
Reconstruo-me nas relações
De amor e ódio com o mundo e comigo.
Sei também que estou em constante evolução,
E, em consequência, minhas escolhas também,
Elas são como acordes de um instrumento musical,
Ora afinam, ora desafinam.
Sei que, dia a dia,
Enfrentando angústias e medos,
Reinvento-me na síntese das minhas decisões.
E num cíclico eterno questiono:
Tudo é dual?
Tudo é escolha?
Ou tudo é fatum?
Eu não sei...
Você sabe?