Negativo
Deixe-me,
Filho do óbvio
Sou vidente
Que, teimoso,
Contraria as cartas
E que derrete
Em profundo breu.
Deixe-me.
Recuso seu ópio
Coisa doente
Fundo de poço
Vivência que mata
E me leva ao Lete
Sem decente adeus.
Não sei o que faço
Com essa proposta
Talvez nenhuma resposta
Deste homem de aço.
Deixe-me,
Caminho lógico.
Sei da semente
De tal desgosto
De tudo isso farta
E das tolas preces
Pelo que insiste
Em não ser meu.