Dinamarquês
Afasta-te de mim,
Antes que as pontas de meus dedos
Possam sujar as páginas de tua alma.
Afasta-te, pois
Quando o céu for todo estrelas,
Já serei míope.
Logo eu, que já não vejo graça no que via,
Que saio ao sol de pico sem unguento,
Sem água,
Sem fome,
Sem nada.
Sem nada.
Logo eu,
Que não passei sequer de um fingimento.