Ponto final
Nos bares da vida, busco consolo à solidão que me assola.
Copos vazios, garrafas quebradas, permeiam os caminhos que percorri
O silêncio cai sobre mim, denso como uma nuvem baixa.
Há um angustiante silêncio,
Em meio aos copos e garrafas,
Uma quietude inquietante,
Um murmúrio inaudível
Preenchido por minha respiração e batidas de meu coração sofrido,
e nada mais.
Onde encontrar refúgio a este sentimento?
Embriagando meus sonhos dilacerados, numa taça de desilusão?
Haveria balsamo para o sentir-se solitário, mesmo rodeado por pessoas ?
Fingir e viver, como se o vazio e a angústia que causa, não machucassem tanto, seria a solução?
Não sei!
Sozinho, respiro fundo para acalmar meus demônios interiores.
Quero dar um ponto final à essa dor que me consome.
Chega de retornar a caminhos já percorridos,
Em meio a copos e garrafas vazias.