Poesia Cediça nº 5
Por conta dos laços imaturos, de outrora
O amor crescido por osmose, chora
Quiçá manter o corpo cru, longe
De qualquer luxúria, tornar-me um monge
Mas a mercê de um desejo de um ser onipensante
A plumosa paixão reassume o corpo astral
Tanto que o morto-vivo coração, sempre presente
Transmutou-se da carniça para o vivo animal
Ah! Que egoísmo. Não é necessariamente ruim
Estava apenas fazendo seu trabalho, malvado querubim
Os sintomas claros e ressonantes, roçam o peito
Os sonhos de luxúria, amargamente dissolvem-se no leito
Presos na Manipura, borboletas volantes de luz
Porém, pedras, no passado atirei com força na cruz
De amor não quero sofrer, pessimista animal marcado
Para servir de alimento, no futuro o coração será levado.