Poesia Cediça nº 5

Por conta dos laços imaturos, de outrora

O amor crescido por osmose, chora

Quiçá manter o corpo cru, longe

De qualquer luxúria, tornar-me um monge

Mas a mercê de um desejo de um ser onipensante

A plumosa paixão reassume o corpo astral

Tanto que o morto-vivo coração, sempre presente

Transmutou-se da carniça para o vivo animal

Ah! Que egoísmo. Não é necessariamente ruim

Estava apenas fazendo seu trabalho, malvado querubim

Os sintomas claros e ressonantes, roçam o peito

Os sonhos de luxúria, amargamente dissolvem-se no leito

Presos na Manipura, borboletas volantes de luz

Porém, pedras, no passado atirei com força na cruz

De amor não quero sofrer, pessimista animal marcado

Para servir de alimento, no futuro o coração será levado.

Rafael Arcangelo Vettori
Enviado por Rafael Arcangelo Vettori em 21/07/2024
Código do texto: T8111591
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