Castelo
Senhora que bebo,
Forma de Absinto,
Sinto por dizer-te,
Cara e coroa,
Uma face escolho
A outra, rejeito
E sobrevivo.
Senhora que vejo
Peso de cimento
É o que não tens
És a parte boa
O fruto que colho
Assim me ajeito;
Leve sorriso.
Só na multidão,
Feliz numa caverna,
Urso que hiberna
Sem esperar
Tolamente pelo verão.
Senhora que amo
Por aprendizagem,
Dado autocuidado
Belo autorretrato
Em mim ecoa
Logo me recolho
E no meu peito
Paz; alívio.