TUDO É ESPANTO
Não há nada de divino no céu,
nem de sagrado na terra.
Existe apenas a natureza
que nos ignora e apavora.
Por isso, existo em meu breve finito
em permanente estado de perplexidade.
Maior me percebo
quanto menor me descubro
e tenho orgulho da minha insignificância.
O céu, como tudo que sei,
não existe fora dos olhos.
Pois nada é divino,
nada é sagrado.
Tudo é espanto,
sublime e inumano.