A PEDRA E O POETA

<<<A PEDRA E O POETA>>>

A pedra, num voo breve, tocou a pele líquida do lago,

e um abraço efêmero selou-se, instante de eterno trago.

A superfície, em círculos, sentiu a carícia fria,

deglutindo o intruso, num rito de amor e magia.

O reflexo do céu, quebrado em mil fragmentos,

desenhou sonhos na alma do lago, espargidos em momentos.

E a pedra, agora memória submersa, repousa em silêncio,

no ventre do abismo, em seu leito, firmando aliança com o tempo.

O poeta, observador atento, capta a dança discreta,

das rimas que se formam, nas ondas do seu vernáculo.

Assim, em versos e sentimentos, tece a trama do efêmero,

faz do ordinário, mágico, e do breve, perpetuado em eco.

By Astir*Carr

Foz do Iguaçu, 3/6/2024

Astir
Enviado por Astir em 20/07/2024
Código do texto: T8110932
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