Ecos

Quisera eu escrever algo que refletisse o que sou!

Que queimasse feito tatuagem,

Desnudando minh'alma

Revelando misérias

Como descrever um turbilhão?

Pensei em poemas, mas cansei de versos não lidos.

Como falar do poeta então?

Pensei em falar do vento,

Que ora é brisa leve, ora é tormenta

Levaria ele meu sentimento?

Revendo minha história,

Pensei em comparar-me à lua ,

Mas ela, cheia de fases,

Quando penso que é uma,

outra já despontou.

Poderia ela refletir minhas memórias?

Pensei nas nuvens,

Figuras mil no céu,

Tão passageiras,...

O vento logo as desfaz.

Como poderiam elas serem meus sonhos?

Tentei ouvir velhos jingles buscando inspiração

mas estou cansado de streamings!

Nem sei onde meus vinis estão.

Diante de tantos devaneios

Prefiro o silêncio,

mesmo que seja sem vida sem cor,

A escrever algo que não revele quem sou!

Nada digo,

nada escrevo.

Falta-me inspiração.

Divino Alves de Oliveira
Enviado por Divino Alves de Oliveira em 19/07/2024
Reeditado em 21/07/2024
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