SOM DE VIOLINOS

SOM DE VIOLINOS

Ao som de violinos

Penso em meus desatinos

Sobrevivo de lembranças

Que são as únicas heranças

Carregadas de areias e marés

Areias sempre finas

Marés ora cheias

Ora vazantes

Sei que nada será como antes

Não haverá mais pegadas em areias

Tampouco afogar-me-ei em marés

Os tempos agora são de calmaria

Do nascer do sol até a hora da ave maria

E a noite chega e abraça esse destino

E o desatino fica pequenino

Num mundo que se assossega

Longe da refrega

No apagar de luzes

Apenas um boa noite

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 18/07/2024
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