NASCER DE UMA ESPERANÇA

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Numa noite fria de inverno,

Um ser solitário busca abrigo,

Entre as sombras da noite eterna,

O seu coração é um livro antigo.

Os ventos uivam, canções de dor,

Estrelas tímidas, trêmulas no céu,

Caminha, perdido em seu fervor,

Sob um manto de penumbra, ao léu.

Suas pegadas são sussurros na neve,

Cada passo, um segredo guardado,

O frio, um amante que nunca o deixa,

Um toque gelado, um abraço apertado.

Nas esquinas escuras de sua mente,

Memórias, fantasmas de outrora,

Amores perdidos, promessas pendentes,

Caminham com ele, na noite que chora.

Seus olhos, faróis em mares revoltos,

Buscam um porto, uma chama branda,

Mas o inverno é vasto, o vento solto,

Sua alma é um barco à deriva, sem demanda.

Mas, no horizonte, uma luz tênue,

Um farol na vastidão glacial,

Uma esperança que o sustém,

Num mundo frio, quase irreal.

E segue, o ser solitário,

Seu coração, uma estrela guia,

Na noite fria, no inverno vário,

Encontra forças e renasce com o dia.

Astir*Carr

Foz do Iguaçu, junho / 2024

Astir
Enviado por Astir em 18/07/2024
Código do texto: T8109636
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