PERFEITOS ESTRANHOS

Primeira noite foi no meio da praça

Arrancamos suspiros de quem passa

Na segunda fomos trocar alianças

Depois de meia hora no café da esquina

Ainda não sei onde mora menina

Eu quero que tudo seja agora

Não temos passado nem futuro

Pra chorar entre os lençóis

Já sei seu nome e você o meu

Me apresentou seu deus

E desconfia que sou ateu

Olhando os livros na estante

Melhor continuar como perfeitos estranhos

Como amantes do segredo

Guardado a sete chaves

Sem medo do que pode acontecer

Pepê Ouro Preto
Enviado por Pepê Ouro Preto em 18/07/2024
Código do texto: T8109587
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