PERFEITOS ESTRANHOS
Primeira noite foi no meio da praça
Arrancamos suspiros de quem passa
Na segunda fomos trocar alianças
Depois de meia hora no café da esquina
Ainda não sei onde mora menina
Eu quero que tudo seja agora
Não temos passado nem futuro
Pra chorar entre os lençóis
Já sei seu nome e você o meu
Me apresentou seu deus
E desconfia que sou ateu
Olhando os livros na estante
Melhor continuar como perfeitos estranhos
Como amantes do segredo
Guardado a sete chaves
Sem medo do que pode acontecer