A FENDA DOS TEMPOS
<A FENDA DOS TEMPOS>
Nas dobras sutis da existência,
Há um portal secreto e místico,
Onde o tempo curva-se em reverência,
E o eterno, revela-se lírico.
Ali, na Fenda dos Tempos,
Mora a essência do ser poeta,
Um reino de profundos sentimentos,
Onde a alma livre se completa.
As palavras, estrelas cintilantes,
Esperam ser colhidas com cuidado,
Metáforas, luas flutuantes,
Num céu de sonhos revelado.
Mergulhamos nas águas do infinito,
Donos de um vasto oceano de expressão,
Cada verso, um cristal bendito,
Pulsa com o ritmo do coração.
É lá que nossos medos se dissolvem,
E as esperanças florescem, enfim,
Onde a dor e a alegria evolvem,
Num jardim de letras sem fim.
Sentimos a magia em cada linha,
A realidade transfigurada em beleza,
Na Fenda dos Tempos, somos a rainha,
E o rei, de nossa própria natureza.
Cada estrofe é um suspiro eterno,
Um eco do que somos por dentro,
Um fogo que queima no inverno,
Um refúgio, um templo, um centro.
Ali, a poesia encontra seu lar,
E nos tornamos mestres do verbo,
Navegamos, sem medo de errar,
No mar de palavras que enxergo.
Astir*Carr
Foz do Iguaçu, junho /24