Baruch de Espinosa (Deus sive natura)

Deus, natureza infinita

Substancial

Minha vida, finita

Um mero modal

Causa em si

Imanente

Causa sui

Independentemente

Deus sive natura

A assinatura do criador existindo em criatura

A natureza e o meu corpo que estabeleceu

Trazemos em si a substância sendo também Deus

Meu corpo que sente

Minha cabeça que pensa

Esses sim são atribuídos

res cogito e res extensa

Bandos, alcateias, fauna, flora

Mares, desertos e vulcões

A imanência de Deus

Em seus modos e modificações

Não haveria como estarmos separados

Padres e rabinos o deixaram excomungado

Castigado e odiado por toda gente

Isolado, o grande filósofo ensinava pintura e polia lentes

A sua pena

Teve um efeito de punhal

A pena com que escrevias com a tinta

E a penalidade que o tirava do convívio social

Os afetos interferem

A minha potência de agir

Alegre ou tristemente

Meu ânimo aumenta e também pode diminuir

A vontade e o apetite

Da minha mente e corpo conservados

A alegria e a tristeza

Montam e desmontam em meu conatus

Uma filosofia libertadora sem amarras

O desespero no quarto pois ninguém aceitara

Embora os ataques, excomunhão e tantas queixas

Vivo a beleza, onde Deus é natureza.

Edilson Alencar
Enviado por Edilson Alencar em 15/07/2024
Código do texto: T8107248
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