ENTRE OS DEDOS

O magma do tempo nos consome

Mulher ou homem, somos todos tragados.

Ele é o sagrado que nos liberta do jugo da sorte,

É a longínqua espera,

É também, a corrente dos desesperados...

No ato supremo da memória,

É o esquecimento,

A misericórdia do tempo, o Alzheimer.

E escorre entre os dedos da intolerância,

No idadismo, uma ponta de maldade.

E quando se vê, são passadas as horas

E ora-se para o tempo (não) voltar...

Como o Sol correndo atrás da noite

Clamando pelo sonho do luar...

By Nina Costa, in 13/07/2024.

Mimoso do Sul Espírito Santo Brasil.

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 15/07/2024
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