Flor Sidérea
Dália negra, de luz vertiginosa
De harmonioso perfume eterno,
Mais bela qu'a alva e gélida rosa
Cabeladura de um caliginoso sempiterno.
Tua prosa profundamente madrigalesca
Voz que reverbera o néctar mélico, melódico.
Encantadora de abelhas de tom esotérico,
Metódico. Ares de princesa burlesca.
Manténs acesa a chama rubra, bem acesa!
Mel de transmutável e vaporosa tristeza
Enche de júbilo os polinizadores...
Exploro intrepidamente tua Natureza,
Caio apenas nos quebrantos da tua beleza.
Pra sentir da sidérea Dália, os odores.