Paciente V.A.N

Ato I

Manicômio

Cardoso I.

Na sala,

No local onde fui criado,

Na escuridão de meus próprios olhos;

Eu me pergunto onde está o meu verdadeiro eu?

Porque eu fui feito assim, como roedor em laboratório

Aprisionado.

Pilulas e poções são os únicos antídotos,

Enquanto levito para longe.

Eu me pergunto quando tudo isso vai ter fim?

Quando irei poder ver a luz dos meus sonhos?

Doutor z diz que será breve,

É apenas um processo para a perfeição.

Consigo ouvir as vozes na parede,

Há outros de mim aqui?

Sirenes altas dizem que é hora de recolher,

Será assim o sentido da liberdade?

Enquanto sou levado para o quarto,

Outros iguais a mim imploram por liberdade,

Todos os médicos riem,

Contendo-os.

Adentro o quarto e mais uma vez sou assombrado por raios e trovões,

Quase sempre reprimindo-me as convicções.

Este é o preço a ser pago?

Eu me pergunto quando irei ver a luz dos meus próprios pensamentos.

No outro dia, bem cedo

Doutor z vem me ver,

Com remédios, sem receios;

Ele diz que sou o paciente V.A.N,

E que logo , todos os medos

Findarao, estarei sã novamente.

Mas,

Talvez esteja em um sonho

E acordar seja difícil.

Ivonoel cardoso
Enviado por Ivonoel cardoso em 13/07/2024
Reeditado em 13/07/2024
Código do texto: T8105850
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