VIVE-SE
( a partir de um trecho de Joyce McDougall)
Vive-se
entre o coibido e o impossível
entre o censurável e o inviável
Vive-se
entre a presença e a ausência
entre os cadeados e as chaves
entre a castidade e a libertinagem
Vive-se
entre o sonho e a realidade
entre o medo e a coragem
entre a culpa e imoralidade
Vive-se
entre o brutal e o refinado
entre a vergonha e a naturalidade
entre a nudez e o vestuário
Vive-se
entre o Eros e Tânatos
entre o pecado e a santidade
entre um deus e um diabo
Vive-se
entre o chamego e o sossego
entre a sexualidade e a agressividade
entre a rebeldia e a conformidade
Vive-se
entre a semelhança e a desigualdade
entre a subordinação e a liberdade
entre o biológico e o representável
Vive-se
para se viver
e vivendo é que se aprende
a se equilibrar na polaridade