Promulgação

Viverás para vencer

Tuas dores e prantos

Pois que em tua poesia

Habitará teu estímulo

Em tua pele serão tatuados

Todos os toques d'amor

E tua boca (re)clamará

Pela finitude do teu dó,

Por tua incompletude...

Fica, a partir de hoje,

Necessária a tua poesia

Para que o dom que te habita

Faça morada no cerne

Daqueles que te leem

Que te compreendem

Que tuas letras estendam

A beleza que escorre

Além das tuas mãos

(cheias de pura verve)

Sob as estrelas no céu

(do universo que te cerca)

E tantos quantos forem

Os versos que escreveres

Que sejam eles fatores

De contemplação

(e de ponderação)

Do lumiar das paixões

- mesmo as infactíveis...

Fica decretado o silêncio

Ante as palavras

As que seduzem

Consomem

Reverberam

E se houver ecos

D'alguma tristeza

Que sejam as letras

Detentoras da remissão

Por fim que a poesia,

A tua, seja o prazer

A te visitar os dias...

A cura da tua sanção.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 11/07/2024
Reeditado em 12/07/2024
Código do texto: T8105088
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