Por pouco que não viro pássaro
Quero vislumbrar mais do que as flores matinais.
O tecido da pele que punge senciente.
Quero debulhar vagem com a peneira
e quem sabe até viajar a vida inteira
por uma fresta luminosa reluzente.
Se a montanha encrespa o Sol estou
peremptório a subir ladeiras.
Passa o pássaro marinho no vôo
no seu dia de sorte
viagens rotineiras.
Querem ser a lua, o clarão, o arrebol
mas estamos aqui
mascando chicletes
Traga minha rede pra balançar melhor
na cantiga de ninar de tia Ivete.