A última palmeira em Brasília

A última palmeira em Brasília

Cardoso I.

Eis que a palmeira solitária,

Resolveu se revoltar,

Com as camadas do asfalto

Que insistia em invadir

Cada espaço,

cada lugar;

A pobre da palmeira resistiu como podia,

Viu as maquinas,

Viu os homens,

viu a vida que se ia;

outrora tinha até paz,

quando a globalização ainda era sindicalizada,

mas com essa coisa de ganancia,

os homens, envolveram-se em cada cilada;

aos poucos as arvores se foram,

dando espaço para os prédios,

a família da palmeira,

muito breve foi pro brejo;

Outras da sua espécie,

Foram pegas pela globalização,

No lugar de suas raízes,

Fincou-se a construção;

No fim, resistiu a última das palmeiras,

Inconformada com o destino,

Agora na selva de pedra,

Virou deusa de meninos.

Os turistas adoravam-na,

Sempre a fotografando,

A coitada da palmeira,

Resistiu ao infortúnio;

E dizia a si mesma,

Vou morrer aqui ´plantada,

Confrontando a modernização

Essa gente que não se atreva

a corta meus troncos não!

No fim virou raridade,

A última da sua espécie,

Em Brasília resistia

Na floresta de Oscar Meyer

Ivonoel cardoso
Enviado por Ivonoel cardoso em 11/07/2024
Código do texto: T8104665
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