Tabuleiro de palavras
No tabuleiro de xadrez,
No tabuleiro de palavras,
Estratégias e caneta são apresentadas
Movem-se com exatidão!
Peças e palavras no tabuleiro são colocadas
Desideratos diferentes?
Palavras se encadeiam
Significados, sons e ritmos,
Sonhos a embalar.
Peças, em combinações: garfos, gambitos e descobertas, unidas para o Rei empalar.
Cada fonema, um peão pelo tabuleiro en passant a deslizar,
Costura significantes
Tece versos repletos de sentimentos e ressonância.
Estratégia e arte, linhas a se entrelaçar
Cada verso, uma jogada a se traçar
Cavalos, bispos e torres em ataque combinado,
Versos ritmados em perfeita escansão,
Construindo estrofes, castelos de rimas, num xeque-mate alinhado.
Reis e Damas, num campo de batalha já programado
Guiam suas tropas, cada movimento bem pensado
Um espetáculo de estratégia e glória,
Num tabuleiro onde a arte é chave para a vitória.
No tabuleiro das palavras, as letras duelam e dançam;
Numa guerra suave se completam, se alcançam
Movem-se pelas casas da imaginação, com métrica e ritmo, num cenário de harmonia.
No papel, como no xadrez, o jogo é infinito.
Cada palavra, cada peça, segue em seu caminho erudito.
Versos e movimentos, num constante desafio
E, na apoteose dessa construção
No tabuleiro ou na folha, o lance final!
A partida se encerra!
Xeque-mate!
A obra está pronta.
A poesia por si se completa.
Desideratos diferentes?
Não!