Tempo
No tic-tac do relógio, os minutos escorrem
Em um looping que é inexorável.
O tempo se alonga nesta prisão interior.
Sem rimas, sem versos,
A solidão é inevitável.
Na ânsia por liberdade, em folhas rasgadas,
Escrevo verdades angustiantes.
Páginas de mim caem disformes,
Sou prisioneiro
De recordações vazias.
No enfrentamento dos meus medos,
Não fiz as pazes com minhas decisões,
Na vastidão desta prisão,
Busco respostas.
Ahhh... este vazio me aprisiona!
Faz sangrar minhas feridas.
Que meus sonhos espiralem meu cárcere.
Como é ruim essa prisão!
Sem luz, sem cor, sem emoção.
Sigo na aridez da minha clausura,
Sem rimas, sem versos.
Há como fugir dessa ampulheta sem fim,
E que de tudo me faz mais distante?
Não sei!