Lâmina

Abstrata como perfurar o nada,

fina pelo romance tão melindre;

rasga na linha perpétua do amor.

Plastificou impureza em lume cego,

corte similar o homem e a justiça.

Verossímil ao boi de alma vegana,

a mesma cisão total do vazio

libera o arroio em veias solitárias.

Limpa barbas e deixa o rosto oculto.

Esconde na baia os intentos macabros,

que flor de pelagem negra voa nuvens;

voa rouxinol fantasma ao padecer.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 10/07/2024
Código do texto: T8103705
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