MATER LENGUA

Esmeraldo bradou em voz árdua

Finco-lhe o ponto nas reticências

para mostrar-te a interrogação

que exclamam a dita, a…

vírgula.

Esmero se auto questionou:

., :, …, ?, !, _, ^, ´, `, ;

E aos finais. Ponto. Pronto.

E assim compreenderás o mandamento:

não estrupe a mãe língua.

Estupre-a. Porque o tempo ruge ou urge

no boreal da orora.

Quiçá aurora!

Como é que é?!...

Sei não visse!...

Só sei que fora dizido assim.

Esmeraldo então declinou-se.

Entretanto, dobrou-se

ao castigo do corpo

o crime comesso contra

a língua madre… apareceu-dez

Mãe … fala alguma coisa.

Nero calou-se,

no entanto não se contentou

declinou. Guardou suas lácrimas.

És filho da outra ou

da pátria mãe gentílica.

Ave Cabral. Eis aí o tupí-guarani. Caboclo?

Eugênio Costa Mimoso.

08.07.22

Eugênio Costa Mimoso
Enviado por Eugênio Costa Mimoso em 09/07/2024
Código do texto: T8103515
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