Panfleteiro Poético
Vergonha alheia, esplêndida manobra
Vir a conhecer esta peleja
Sujeitar-se á falta que veleja
Nos ventos frios de tua obra
Às mãos que a recebem
Fulgentes, recônditas, suadas,
Dedos gélidos em tuas chagas
Hão de haurir do que nem sabem
Olhos sentenciam deliberadamente
Mal sabem que nutrem a semente
Essa que pertence á rútila aurora.
Nascer do hedonístico sol,
Arte pungente do rouxinol
Pulsará noutra mente outrora.