Rosa Gélida

Que nevoentos mistérios

Qu'ensoberbecem o tolo coração do homem

Qu'os sentimentos mais alvos, consomem

Esvazia ideais levianos nos vazios sidéreos.

Aos olhos frios, vacilantes, sérios

Nega caridosa lágrima

Aspira lutas vis pela certeza ínfima

Leva d'alma turva aos orgânicos minérios

Aptidão grotesca ao desinteresse, mórbida

Introspecção humana, florescência sórdida

Clarão de opacas réstias, de vãos sacrários.

Tua flor é a rosa gélida,

Quebradiça, trêmula e inquieta, pálida

Enfeita a natureza de teus funerais etéreos.

Rafael Arcangelo Vettori
Enviado por Rafael Arcangelo Vettori em 07/07/2024
Código do texto: T8101728
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