Rosa Gélida
Que nevoentos mistérios
Qu'ensoberbecem o tolo coração do homem
Qu'os sentimentos mais alvos, consomem
Esvazia ideais levianos nos vazios sidéreos.
Aos olhos frios, vacilantes, sérios
Nega caridosa lágrima
Aspira lutas vis pela certeza ínfima
Leva d'alma turva aos orgânicos minérios
Aptidão grotesca ao desinteresse, mórbida
Introspecção humana, florescência sórdida
Clarão de opacas réstias, de vãos sacrários.
Tua flor é a rosa gélida,
Quebradiça, trêmula e inquieta, pálida
Enfeita a natureza de teus funerais etéreos.