Mente Gasosa

Mente e vira semente de

Mente gasosa {dessa que}

Ilude com prosa {essa que}

Convence-me d'engolir

a sordidez

Mascar a cana seca da

Insensatez.

E eu, sem pressagiar o que

haver-se-ia de vir,

Mantive o sorriso de quem

Goza.

Sim, mantive-o, depois de

todas essas batalhas

Cosido na cara.

Professado p'ro sobrosso

das navalhas.

É soberano distintivo esse

Sorriso.

Que da caguira me sara,

Desencanta-me da busca

pelo osso.

E assim, - sólido e irremovível -

Do rosto

Desmembrana. Medo. Ego.

Segrega-me das

falhas.

Desse jeitinho fácil

Sorrindo,

Desassocio-me da mente,

Decantado lentamente.

Pois sou quase menos denso

que a água da placenta

Da soledade.

Pseudo-misantropo dos

intermúndios.

Restauro-me em reclusão. Ascendo

Sucintamente.

Apollogismo egocêntrico,

Conversa fiada e esse

receio bobo

D'intimidade.

Hoje passo mesmo por cima

P'ra limpidez

De minha compatível

e genuína

Felicidade.

Rafael Arcangelo Vettori
Enviado por Rafael Arcangelo Vettori em 07/07/2024
Código do texto: T8101689
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.