Mente Gasosa
Mente e vira semente de
Mente gasosa {dessa que}
Ilude com prosa {essa que}
Convence-me d'engolir
a sordidez
Mascar a cana seca da
Insensatez.
E eu, sem pressagiar o que
haver-se-ia de vir,
Mantive o sorriso de quem
Goza.
Sim, mantive-o, depois de
todas essas batalhas
Cosido na cara.
Professado p'ro sobrosso
das navalhas.
É soberano distintivo esse
Sorriso.
Que da caguira me sara,
Desencanta-me da busca
pelo osso.
E assim, - sólido e irremovível -
Do rosto
Desmembrana. Medo. Ego.
Segrega-me das
falhas.
Desse jeitinho fácil
Sorrindo,
Desassocio-me da mente,
Decantado lentamente.
Pois sou quase menos denso
que a água da placenta
Da soledade.
Pseudo-misantropo dos
intermúndios.
Restauro-me em reclusão. Ascendo
Sucintamente.
Apollogismo egocêntrico,
Conversa fiada e esse
receio bobo
D'intimidade.
Hoje passo mesmo por cima
P'ra limpidez
De minha compatível
e genuína
Felicidade.