O escrevinhador é como um griô
O escrevinhador é como um griô
Um cantador da dor de seu povo
Um pajé proclamador das histórias
Do além, da terra, da natureza, do que veio e virá
O escrevinhador grita a dor de seus povos
Esmagados nas botas e pistolas de quem porta fogo
Ainda hoje indígenas, quilombolas, etnias e misturas
São alvo dos destruidores de tudo e da própria terra
Mesmo que essa vá perdurar com um só continente
E de certo, sem ser mais a casa da espécie da razão de morte
Rodison Roberto Santos
São Paulo, 30 de setembro de 2023