Cócegas de privilégio

do tempo que o tempo parara para uma borboleta passar…

no horário imaginado

gaivotas faziam fila no azul

na posição do vento

Superman passava pela janela

a palavra perdia a mão

o silêncio girava nos jardins

o sol voava pelas campinas

um restinho de céu entre as árvores

soprava em nosso rosto

a poesia tão inquieta tão incerta

soltava-se do resto

os filósofos mais profundos

queriam discorrer do prazer de sonhar

antes dos velhos moinhos

tudo era festa no verbo que ficou

de quando era inevitável viver

o dia transbordava dentro do dia

Van Gogh acalmava sua tela

e desligava o pincel

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 06/07/2024
Código do texto: T8101489
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