E-MAIL PARA UM FILHO DO POETA JOSÉ DA SILVA RIBEIRO FILHO
Wagner Ribeiro:
Estou lendo A estrela e a flor, de Silva Ribeiro Filho. Não é, na verdade, apenas ler, mas desfrutar de um imenso prazer estético. Quando tive os primeiros contatos com a poesia de seu pai, fiquei tão envolvida que cheguei a dedicar-lhe um soneto. Este soneto está publicado em um site literário. Infelizmente não pude apresentar a composição no evento em homenagem ao poeta. O importante é ser conhecida através da Net onde recebeu comentários de leitores, como pode ver a seguir:
Texto
SONETO ÚNICO
Teu soneto cálido vaporiza
De perfumes celestiais a Terra.
A lira, ó vate, é suave brisa,
Puríssima inspiração encerra.
Quisera um santo que se canoniza
Por seu mor milagre evitar a guerra.
Um só desses teus versos preconiza
A paz, as portas do Amor descerra.
Luminosa desponta a natureza
(em teus sonetos de rara beleza)
Nas praias e palmas dos coqueirais.
Tu és menino, sonhador, poeta
De nossa cidade outrora quieta,
Da Aracaju que não existe mais.
Tânia Meneses
Publicado no Recanto das Letras em 14/12/2007
Código do texto: T777507
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Comentários
05/01/2008 04h55 - ECILA YLEUS
SEUTRABALHO É MUITO BOM.ESTOU FAZENDO UMA ANTOLOGIA E TE CONVIDO PARAPARTICIPAR DESSE PROJETO.QUEM ESTÁ CONOSCO É MARÍLIAL.PAIXÃO.REUNIREMOS 15 ESCRITORES.O LANÇAMENTO SERÁ NO RIO DE JANEIRO EM MARÇO.CASO DESEJE PROCURE-ME NO MEU E-MAIL
03/01/2008 14h09 - claitonscherer
Inspirado soneto!
30/12/2007 09h59 - Luna Steinherz
Belíssimo soneto, e um feliz ano novo pra você também!
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http://www.recantodasletras.com.br/poesias/777507
Os poetas têm duas famílias, uma biológica e outra poética. Nós, poetas, nos reconhecemos independentemente do tempo e do espaço. Temos afinidades, uma outra espécie de sangue corre em nossas veias. Não sem uma razão legítima surgiu a expressão 'veia poética'. Por isto mesmo, tomo o meu poeta pela mão para ficar comigo, junto com os meus poemas, no site Recanto das Letras. Convido vocês da família biológica para encontrar seu amado pai em minha Escrivaninha. Agradeço muito a oportunidade de ter em minhas mãos a obra A estrela e a flor, da qual escolho todos os poemas e apresento o Soneto-canção para que os leitores possam ter uma amostra da obra de José da Silva Ribeiro Filho.
Soneto-canção
(A Jordão de Oliveira)
Canções do vento nas palmas
Do coqueiral frente ao mar...
Mas juravas que eram almas.
Dentro da noite a penar.
Eu dizia que nas palmas
O vento estava a cantar.
Mas, insistias: são almas,
Por quem se deve rezar.
Tinhas razão! Eram almas,
Pois nunca o vento nas palmas
Andou assim a chorar.
Eram almas, eram almas
Que soluçavam nas palmas
Do coqueiral frente ao mar!
Carinhosamente,
Tânia Meneses