Rato Sociopata
O rato sociopata, sujo e moribundo
Tem aversão aos humanos
Rejeitou o mundo
Acostumou-se a carniça
Vaga por dentre o canos
Defrauda comida nos lares
Enquanto o homem vai à missa
E aos bares.
Deixa ecos
De seu corpo imundo e fétido
Prega ideais agostinianos
Mas permanece cético
Inconsciente da própria
Existência.
Insiste na vida e vive a ciência
Dissimula e evade
Oculta-se
Do homem e seus pecados profanos
Despreocupa-se com toda a
Ambiguidade
E vai deitar-se nos seus retalhos de panos.
Cheio d'esperança
Aguarda o sono
Mal sabe que há
Alguns resquícios de
Sina
Em seus átomos de carbono
E na mentalidade cretina
Quando torna a sair
Esquece os perigos do Mundo.
Ingere estricnina. Perde a vida em tom lúgubre
Abandona - vencido - O corpo nauseabundo.