Rato Sociopata

O rato sociopata, sujo e moribundo

Tem aversão aos humanos

Rejeitou o mundo

Acostumou-se a carniça

Vaga por dentre o canos

Defrauda comida nos lares

Enquanto o homem vai à missa

E aos bares.

Deixa ecos

De seu corpo imundo e fétido

Prega ideais agostinianos

Mas permanece cético

Inconsciente da própria

Existência.

Insiste na vida e vive a ciência

Dissimula e evade

Oculta-se

Do homem e seus pecados profanos

Despreocupa-se com toda a

Ambiguidade

E vai deitar-se nos seus retalhos de panos.

Cheio d'esperança

Aguarda o sono

Mal sabe que há

Alguns resquícios de

Sina

Em seus átomos de carbono

E na mentalidade cretina

Quando torna a sair

Esquece os perigos do Mundo.

Ingere estricnina. Perde a vida em tom lúgubre

Abandona - vencido - O corpo nauseabundo.

Rafael Arcangelo Vettori
Enviado por Rafael Arcangelo Vettori em 06/07/2024
Reeditado em 06/07/2024
Código do texto: T8101245
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