Dias calados
Sem reflexão
Sem diálogos internos
Sem a imaginação
Sem o reflexo no espelho
Sem a melancolia de existência
Dias automáticos
Se mais ou menos rápidos
Dias objetivos, eficientes
Sem a mente
Apenas o cérebro
E o corpo
E as pequenas obrigações
Dias que nem parecem humanos
Sem sofrimentos, sem sonhos
Nem maiores inspirações
E quando se intercalam
Viram semanas
Meses
Vidas inteiras
De dias sem terem o que dizer
Ausentes
Frios
Pragmáticos