O SÉTIMO SELO
O mundo soa a texturas e movimentos
Gestos bruscos sacodem um ar grave
Suspenso nas pontas da interpretação
No silêncio
Cada paisagem esconde algo
Um olhar vai do nada ao quase
Do tudo a possibilidades
Ouve a vida nas cores
Guardando-as na cabeça
Um espaço enorme
Onde dobra as pontas do infinito:
(Essa névoa inaudita
Bendita e maldita)
Para chegar a algum lugar.
Sabe que a si é mais difícil,
Por isso amola a alma
Até cortar em finas sintonias
As costas do som.
O que dizer a si mesmo
Na morte do fonema?
Como falar consigo
A quem não sabe
O ar da graça
Nas cordas vocais?