Atirando nos Nazistas Para Sobreviver
Eu sou o prisioneiro, o enjaulado,
O faminto por vingança diante do genocídio.
Com olhos ardentes ao observar pilhas
De carne humana, eu fugi da prisão.
Cada palavra martelada de discriminação,
Cada ofensa como um grilhão dito pelos nazis,
Os discursos de Hitler me feriram.
E agora, eu sou o lobo faminto, o caçador.
Eu queimo memórias, queimo dor,
Descendo o rio da raiva, das lembranças,
Montado em sentimentos selvagens,
Uivando para a lua o nojo daqueles
Que espancaram meus pais.
Meus dentes rangem, rompendo grades invisíveis,
Correntes de ódio, correntes de sangue,
Nas águas da vingança, eu nado.
Eu sou o judeu errante, o resistente solitário,
Com a pistola em punho, o crânio em chamas,
Atiro nos nazistas, buscando sobreviver.
Cada bala que disparo é por uma vida esmagada,
Um som pela liberdade, pela vida que ainda resta.
A estrela de Davi em meu peito é como se marcam bois humanos por aqui.
Eles me chamam de traidor, de inimigo do Reich,
Mas eu sou apenas um homem que não quer morrer.
Em cada esquina, a morte espreita, os olhos azuis me caçam,
Mas eu não recuo, não desisto, não me rendo,
Pois sei que a esperança reside na ponta do meu cano,
E a vingança é o fogo que me mantém vivo.
Assim, eu atiro, e atiro, e atiro novamente,
Cada tiro é uma lembrança do que perdi,
Dos campos de concentração, das câmaras de gás,
E eu nunca esquecerei, nunca perdoarei.
Com minha pistola em punho,
A mente indignada com tanta atrocidade,
Atirando nos nazistas para sobreviver.