Pedaços de uma lua inteira

na densa névoa da sumição do dia

nas extensas asas da noctívaga ave

atinge o mais alto, o ouriçado poeta

onde se deleita com um velho canto

em primordial linguagem, vestalina

entoado pelos madrigais de estrelas

com estribilhos de anjos em oração

e no balé das marés ele vê refletida

a languidez da sua musa rechonchuda

uma luz tangendo sua harpa celestial

como deusa regendo seu firmamento

e em seus versos ela sempre nasce:

nasce, cresce e nunca se desfaz

-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 02/07/24 --

Antonio L
Enviado por Antonio L em 02/07/2024
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