O silêncio que ecoa no poema

Numa tarde sem perceber a vida

ensaio gestos mecânicos,

observo o nada que se lança

na imprevisibilidade do instante,

o horizonte, tênue réstia de sol,

febril e distante, amarelecida,

às vezes a vida se desvela mais além,

talvez além daquela réstia de sol,

neste instante de quietude plena

sou espectador, sem expectativas

que contempla de soslaio

o jogo de sombras que o ocaso tece,

móveis ensaiam suas danças

no espelho inclinado do chão,

havia ali um silêncio de cores,

um silêncio que ecoa no poema.

DestinoPoesia
Enviado por DestinoPoesia em 02/07/2024
Código do texto: T8098334
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