Todos em um

Pessoas vêm e vão. Por todo lado, há gente no mundo, mas em cada mundo, de cada pessoa, há quem seja mais que o mundo. Meu mundo, o seu mundo, um teatro. Palco de transeuntes, figurantes, protagonistas, coadjuvantes, todos atuando em suas próprias peças, entrelaçando os papéis a serem assumidos, formando um grande e único espetáculo sem uma direção definida. Apenas, e não menos que a vida: um fluxo que diverge em horizontes, convergindo no solo — a despedida. Os aplausos determinam o fim de cada ato. E antes do reabrir das cortinas, toda vez, um hiato; vai-se mais um aspirante: protagonista, figurante, coadjuvante. Todos em um. Um eu, um meu, um seu, um nosso, um de ninguém, um ninguém.