AMANHECEU...

Amanheceu...

E amanhecerá!

O inexorável fato de nascer,

De renascer e de nascer de novo...

Um novo ano se aproxima

Aqui e na República da China.

Pra uns chegam primeiro,

Pra outros só em fevereiro...

E o tempo incólume, em Deus

E nos ateus... Ensina!

Amanheceu e amanhecerá, é a vida...

E mesmo sendo a morte decidida!

Destituído de noção o tempo

Bem no presente temos seu exemplo:

Passado é uma esperança morta

Futuro nunca abrirá sua porta...

Restando-nos o templo do agora...!

É fato que sonhar e recordar

Em nós habilidades.. Quem nos dá?

A inteligência que usamos mal

No livre-arbítrio quase de um velhaco

Na ambição qual destrutivo vento

Ou na visão sem arrependimento

Viagens pelo templo de deus Baco...

O tempo é um Deus eterno...!

O Alfa que existia antes...

Ao Ômega que há depois.

E entre Eles dois,

Nós somos navegantes hodiernos...

Então, que seja o nosso compromisso

Daqueles guerrilheiros desarmados

Os renegados indo a guerra

Pra não deixar morrer na terra

Sementes dos desejos fecundados

No grande campo aberto de serviço...

Então, na transição entre fronteiras...

Façamos dos enfermos nossa causa

E nunca mais ao mal, o bem dê pausa

Sejamos luz às trevas bandoleiras...

Porque, se a noite chega a todo mundo

Nem todos chegam a atravessá-la

Na dor maior que avassala

Humanamente o mais profundo

tempo da história:

O íntimo sem glória!

Pois, o futuro sempre amanheceu

Presente!

Deixando-nos passado de presente...

E a morte e o nascimento certamente,

Serão e são e foram...

Os tempos desta vida

que amanheceu,

e amanhecerá!

Autor: André Luiz Pinheiro

30/12/2018