AQUELE RIO

Aquele rio que passou na minha infância

Ainda corre, ainda flui, caminho do mar

Serpenteia entre curvas e pedras

Cai cachoeira seguindo sem se cansar

Rio de águas calmas, cristalinas

De leito turvo, de fundo revolvido

Pelo tempo que muda sem mudar

Porque é o mesmo visto e revivido

Aquele rio que passou na minha infância

Desce sereno o terreno do meu quintal

Toma as ruas, adentra em alheias casas

É o mesmo rio escorrendo até o final

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 29/06/2024
Reeditado em 29/06/2024
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