Ônus da Nobre Aventurança

Ajoelhai aos pés do invisível

Quereis jamais assentar o trono divino

Soprepujai a ambição mesmo que ele esteja vazio

E terás enobrecido, humano

Acreditai em insolúveis milagres

Sereis atenuado pela eloquência sem explicação

Confessai pecados os mais imperdoáveis

E terás aventurança, humano

Mitigai a própria indulgência

Podeis criticar o diverso credo

Abrasai a resiliência do universo

E terás ônus, humano

Receptáculos do absoluto

Crenças tão vívidas que se fazem reais

Estes somos nós, mas Plutão

Permanece indiferente, mudo

Para a verdade de quem diz demais

Se ele é planeta ou anão