INSÔNIA

A insônia transforma teus olhos em brasas

Acordas estremunhado, pensamentos difusos

O descanso não te levou em suas macias asas

E teu parco sono foi de pesadelos confusos.

Não fechas os olhos, apesar do corpo moído

E a travessia noturna demora a passar

Quando o dia amanhece, o teu músculo dolorido

É um fio que arrebenta, uma dor a pulsar.

Pensas em tranquilizante, em doses de bebida

Mas temes o resultado, a ressaca dolorida

E fechas os olhos, perseguindo o repouso.

A vigília se repete, é a insônia que te chama

Toda posição é incômoda, há espinhos na cama

Outra noite confusa, outra revoada sem pouso!