Velho pé de UMBÚ
O velho umbu solitário lá no alto da coxilha,
Montando eterna vigília aos quatro cantos da estância
Pela santa ignorância do dono da propriedade
Vai ser apenas saudades, ninguém mais lhe dá importância.
Por muitos e muitos anos, por alguns séculos talvez
Muita sombra ele já fez, prá tropas e prá peonada
Mesmo bem longe da estrada foi abrigo pros andantes
Que procuravam confiantes um repouso, uma parada.
Mesmo estando em descampado bem longe do casaredo
Carrega muitos segredos de romances escondidos
Embora já decaído, foi testemunha de amores
Que junto com seus ardores pelo tempo há se perdido.
Mas hoje, ninguém se importa com teus valores passados
Teus dias estão contados, o dono sem tolerância
Prá saciar sua ganância planejou na safra vindoura,
Vai transformar em lavoura as terras todas da estância.