Enquanto toca...
Quão macia é a cama,
Em contacto com meus seios
Estou perdida entre os meios,
Meus fins e anseios,
Entregues aos meus devaneios,
O perigo ronda, é voz do medo,
Entre as paredes os nossos segredos,
Cheiro forte perfuma o ar,
No instante ouço-o a tocar..
Nossos corpos em contactos,
Nus naquele ardente acto,
Enquanto o telefone toca,
Não tem como parar,
Por favor não pare...
Deixa-o estar...
As emoções falam mais alto,
Os gemidos geram factos,
Dualidade do sentir,
O prazer domina a carne,
A vontade a ele entregue,
A culpa não condena o momento,
Enquanto ele cresce lá dentro,
O proibido gera excitação...
Olhar distante da traição,
O som insistente não a inibe,
Pois, atender o seu corpo ele sabe,
A verdade escasso metro da cama,
Parar, ou deixar corromper a sua alma,
Na lasciva paixão avassaladora,
Enquanto toca, ela adora,
Como se fosse o combustível,
Aquele som insistente,
Que tão pouco incomodava o amante,
Que percorrerá aquele jardim proibido,
Erguendo a vara, deixando as pegadas,
Onde desejos eram concebidos,
Entre lábios trêmulos e húmidos,
Deixando entre as paredes internas,
O licor que faz florir o botão de rosa (...)
(M&M)