Enquanto toca...

Quão macia é a cama,

Em contacto com meus seios

Estou perdida entre os meios,

Meus fins e anseios,

Entregues aos meus devaneios,

O perigo ronda, é voz do medo,

Entre as paredes os nossos segredos,

Cheiro forte perfuma o ar,

No instante ouço-o a tocar..

Nossos corpos em contactos,

Nus naquele ardente acto,

Enquanto o telefone toca,

Não tem como parar,

Por favor não pare...

Deixa-o estar...

As emoções falam mais alto,

Os gemidos geram factos,

Dualidade do sentir,

O prazer domina a carne,

A vontade a ele entregue,

A culpa não condena o momento,

Enquanto ele cresce lá dentro,

O proibido gera excitação...

Olhar distante da traição,

O som insistente não a inibe,

Pois, atender o seu corpo ele sabe,

A verdade escasso metro da cama,

Parar, ou deixar corromper a sua alma,

Na lasciva paixão avassaladora,

Enquanto toca, ela adora,

Como se fosse o combustível,

Aquele som insistente,

Que tão pouco incomodava o amante,

Que percorrerá aquele jardim proibido,

Erguendo a vara, deixando as pegadas,

Onde desejos eram concebidos,

Entre lábios trêmulos e húmidos,

Deixando entre as paredes internas,

O licor que faz florir o botão de rosa (...)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 26/06/2024
Reeditado em 26/06/2024
Código do texto: T8094195
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