O que sobrou
Forma de vida marginal
Teu ramo é sombra e ar fresco.
Passamos nos carros
não sabemos o que sabes
O gás que sufoca domina
Nessa alquimia de morte
O progresso cinza rouba títulos,
desfaz modos de vida,
asfixia paisagens, mata!
E a mata?
Morreu pra ligar dois pontos
Ponto de cruz. Cruz de lápide.
A agulha do bordado urbano
não produz flores e formas delicadas
Tece o contraste no desigual tecido
Social.
A verdade é que o verde
se vai nos pássaros do passado
No meio de tantos andares
Já andamos esmagados
pela concretude da nova ordem