Ventos da saudade.

Hoje pensando nos ventos

Me clareou bem a razão

E cheguei à conclusão

Depois de pensar demais

Nossas vidas são iguais

Se buscarmos as lembranças

Ventos calmos, brisa mansa

Tempestades, temporais

Nos tempos que somos novos

O pensamento agitado

Sonhos loucos relembrados

Que vão golpeando a gente

Lá no fundo do inconsciente

O vento às vezes ilude

Transformando a juventude

Em temporal inconsequente

Depois, as coisas se aquietam

Chegando a idade madura

Agitos viram ternura

O tempo nos vai domando

Os ventos vão se acalmando

Renovam-se as esperanças

Sentimos as brisas mansas

Nossa mente acariciando.

Revivemos mansamente

Os tempos que fomos novos

Mas sem o mesmo retovo

Dos tempos da mocidade

São circunstâncias da idade

Tempos de jovem, criança

O vento traz as lembranças:

Leva marcas de saudades