Quinta parede

O abismo pulsa

Em contornos de luz: calor.

Mas há medo.

Espectros dançam sobre um céu vermelho

de sono e de uniformidade,

E o depois parece uma aventura imposta.

Há medo.

Há tantas formas de dizer

O óbvio,

O fútil

E o necessário.

Mas há medo em dizê-lo.

Na voz monótona da noite, porém,

a mão da inevitável consciência

Rabisca castelos de espinhos

Na tela intransponível do amanhã.

Daniel Guilherme de Freitas
Enviado por Daniel Guilherme de Freitas em 24/06/2024
Reeditado em 24/06/2024
Código do texto: T8092501
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