Quinta parede
O abismo pulsa
Em contornos de luz: calor.
Mas há medo.
Espectros dançam sobre um céu vermelho
de sono e de uniformidade,
E o depois parece uma aventura imposta.
Há medo.
Há tantas formas de dizer
O óbvio,
O fútil
E o necessário.
Mas há medo em dizê-lo.
Na voz monótona da noite, porém,
a mão da inevitável consciência
Rabisca castelos de espinhos
Na tela intransponível do amanhã.