Sempre me vi como
um ser complexo e contraditório.
Meu tronco psicoafetivo
nem sempre se entende
em seu emaranhado de fios,
mas com certeza se compreende
enquanto se questiona e se decifra.
Enquanto o vento leva
a aba do meu vestido,
me surgem perguntas:
por que sou assim?
E como não ouço respostas
eu mesma procuro me responder:
a complexidade do meu ser
reside justamente
em meu contraditório,
na dialética da vida,
no movimento de ir e vir
ao encontro de mim mesma.