O POEMA SEM NOME.

Noturnamente, em segredo, te habito

Para que sejas Poema em meu corpo

E em traços tão perfeitos me rabiscas

No grafite pontiagudo, afiado e preciso

Sou papel a ganhar forma nos escritos

Tão teus, tão nossos e tão alinhavados

Em surdina, dá-se a súplica  inevitável

,Torna-me do teu Poema tua inspiração

Faça-me gavetas a guardar-te  dentro

Dos meus silêncios, ouça-me canção...

Não matemos esse amor ante suspiros

Calemos as bocas em desejos; o beijo.

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Elenice Bastos.