Chamo-te
Chamo-te
Vanderli Medeiros
Faz muito tempo
que meu silêncio te chama,
Mas, nem me ouves
e nem me vês...
Parece que o mundo
escondeu-me de você...
É na calada da noite
que meu pranto derramo...
É sobre os lençóis que me afogo
e. por ti, entre soluços, rogo.
Tento sufocar esse amor
nos dias e noites que me consomem;
Porém, no libertar de minh'alma pelo sono,
contigo é que me encontro
e, outra vez, te amo.
O despertar traz um novo grito mudo
que, no farfalhar das folhas secas,
caindo em solo árido,
trazem, outra vez,
o eco mudo de seu nome.
É esse grito que ecoa tanto,
em sons estridentes,
como na muda fala
que me fere como mortal bala.